“Quando
você tem uma presença de palco tranquilizadora mas forte, uma voz
potente e uma habilidade para composição fora de série, não dá
para esperar outra coisa senão o amor do público. Conheça a
majestosa Lianne La Havas, nossa Artista da Semana, que tem tudo isso
e muito mais.”
Lianne
(que
belo nome!)
é
britânica e nasceu
no
sul de Londres, algo que, sinceramente, não me surpreendeu, já que
parece que a maioria dos artistas musicais
do
Reino Unido me perseguem.
Seu
pai, Henry Vlahavas,
é
grego e sua mãe, Lorraine Barnes é jamaicana.
Falando em nomes, o nome artístico de Lianne La Havas é uma
adaptação do sobrenome do pai, o nome verdadeiro dela é Lianne
Charlotte Barnes.
Lianne La Havas se apresentando.
(Source: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:LIANNE_LA_HAVAS_-1.jpg | Author: Ludovic Etienne)
Escutei
a srta. La Havas pela primeira vez em seu show, como uma das atrações
que abriram
os shows do Coldplay em 2016, em sua turnê sul-americana “A Head
Full Of Dreams”. E, ainda que fosse sua primeira vez tocando por
aqui, sua confiança, enorme carisma e performance única
deixaram todos desejando que seu set de apenas 8 músicas, fosse
maior. Na verdade, o sucesso foi tanto que ela
decidiu
fazer um show extra, secreto, em formato de pocket show. O qual, como
você pode imaginar, esgotou ingressos e trouxe para ela uma
crescente legião de novos fãs.
Maravilhosa performance de Lianne para o videoclipe de sua música "Unstoppable", vale a pena assistir!
Enquanto
crescia, Lianne passou a maior parte de seu tempo na casa dos avós,
já que seus pais estavam separados e trabalhavam por muitas horas.
Desde pequena ela adorava cantar. Aos 11 anos, compôs sua primeira
música, mas somente aos 18 que aprendeu a
tocar violão (uma situação com a qual me identifico e a qual me dá
esperanças de conseguir tocar bem guitarra no futuro). Seu pai é
motorista de ônibus e músico amador; multi-instrumentista, ele
ensinou a filha a base de piano e violão.
Ainda
que seus pais fossem divorciados, ela diz que eles são os maiores
responsáveis por suas influências músicais, pois eles possuiam
gostos musicais bastante ecléticos e ouviam CDs o tempo todo. Suas
primeiras experiências na carreira musical começaram na escola,
onde ela se juntou a um coral.
Alguns
anos depois, ela estudou com o cantor e compositor Allan
Rose. Pouco
depois, eles se tornaram amigos e Allan a apresentou a outros
músicos, os quais a ajudaram a desenvolver seu som e gravar suas
primeiras demos. Dentre esses músicos, estava
Paloma
Faith,
que,
maravilhada com a voz de Lianne, a convidou para ser uma de suas
backing
vocals
em uma turnê vindoura.
Em
2008, Duncan Ellis, dono
da agência Scruffy
Bird Artists Management
descobriu
o trabalho de La Havas pela página da moça no MySpace. Dois anos
mais tarde, ela assinaria com a gravadora Warner Bros. Records. Como
a cantora queria produzir novos materiais, a Warner deu a ela dois
anos para melhorar suas técnicas de composição, antes de lançar
publicamente alguma música.
A
decisão da Warner parece ter sido
realmente
acertada,
no fim das contas, já que o EP
Lost
&Found, primeiro
de Lianne, realmente a
colocou
no radar de novos fãs e proporcionou a ela a oportunidade de
participar de um programa televisivo pela primeira vez, o
Later…
With Jools Holland.
Nesse
show, La Havas conheceu a banda Bon
Iver
e,
pouco depois, foi convidada por eles para
ser a atração de apoio da turnê deles pela América do Norte em
Dezembro de 2011.
09
de
Julho de 2012
também
foi uma data extremamente importante na agenda de Lianne, esse dia
marcou o lançamento de seu album de estreia Is
Your Love
Big Enough?. O
álbum recebeu grande aclamação dos críticos, fazendo-a ganhar o
prêmio do iTunes para Melhor
Album do Ano e
ser nomeada para o prêmio Mercury
Prize.
As
principais
parcerias
que ela fez foram
com
Paul
Epworth (produtor
da Adele),
Prince
(com
quem ela se tornou grande amiga)
e
Stephen
McGregor,
também
conhecido como Di
Genius,
um
produtor jamaicano que ajudou-a a explorar
novos sons e montar seus novo álbum de estúdio, Blood
(2015), um
álbum sobre família e reconetar-se
com suas raízes.
Lianne apresentando-se em festival, com um belo vestido verde.
(Source: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:LianneLaHavas_June2013_4.jpg | Author: Jean-Marc Bellenger)
A
música de Lianne
captura
a atenção do ouvinte com suavidade e complexidade, ouvindo suas
músicas atentamente, você consegue detectar o quão profundas elas
são, sendo constrídas a
partir de
muitas camadas, as quais você pode saborear calmamente enquanto
imerso na excelente
letra.
Uma
das músicas que mais chamou minha atenção foi Green
& Gold,
do
álbum
Blood.
Essa
canção resume o LP muito bem: ela é confiante, cheia de atitude e
honestidade. É como se estivéssemos sentados na sala de estar de
Lianne, conhecendo-a melhor e ouvindo mais sobre sua vida e infância.
Ainda
que a letra seja poderosa e o
rítmo complexo, você
não consegue sentir nada além de um profundo estado de paz e
elevação espiritual enquanto ela é tocada.
Green
& Gold lembra-me
muito de South
of The River,
do
Tom
Misch, uma
que nós falamos aqui.
nstoppable
é
outro hit que merece ser citado, o tom vocal agradável dela
misturado
com
batidas fortes e mercadas
são extremamente envolventes, você não consegue não dançar.
Aqui
escreveu A., capitã do Expedição Musical.
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